segunda-feira, 4 de abril de 2016

Fico devendo ou quebro o cofrinho?


"Há um ano que não aplico dinheiro algum e já é o terceiro mês que resgato para completar o orçamento".

Nos últimos 12 meses o resgate está superando a aplicação em alguns investimentos no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo SPC Brasil, 68,6% dos entrevistados que possuem algum investimento, afirmaram ter usado a aplicação para cobrir gastos mensais e pagar contas em atraso, principalmente das classes C, D e E.  Segundo o mesmo SPC Brasil, caso houvesse algum imprevisto, os entrevistados conseguiriam manter o padrão de vida durante quase 6 meses em 2014. Em dezembro de 2015 este número caiu para 4,3 meses. Atualmente, somente 29,7% dos entrevistados conseguiriam manter o padrão durante 3 meses. Então, podemos afirmar que há indícios de que os brasileiros não estão ajustando o seu padrão de vida à nova realidade econômica brasileira, tendo que recorrer a sobras de outros períodos ou até contrair empréstimos para pagar as contas excedentes.

Este é um comportamento danoso para aqueles que possuem um sonho ou para os que querem manter um recurso para emergência financeira. Este é empobrecimento.

Respondendo à pergunta inicial: como estão fazendo outros brasileiros, infelizmente será necessário quebrar o cofrinho, pois os juros recebidos pela aplicação serão bem menores em relação àqueles cobrados por algum atraso no pagamento de dívidas.

Mas se permanecer desta forma pelos próximos meses, a conta não vai fechar, o dinheiro aplicado vai acabar e empobrecimento será uma realidade.

Para evitar o empobrecimento, cada um deveria avaliar se o resultado da soma dos seus gastos fixos e variáveis está adequado à sua renda. É preciso reavaliar o padrão de vida atual. Talvez deve-se gastar menos com energia, água, pacote de telefonia, internet, TV, reduzir supérfluos no supermercado, buscar produtos alternativos, avaliar os custos de propriedade de um carro, quantidade de vezes que gasta com entretenimento, entre outros. Em resumo, reconhecer qual é o real e atual padrão de vida que você está inserido. Qual é a sua nova classe: E, D, C, B ou A.

Fonte: SPC Brasil. Acesso em 04/04/2016 - link: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/noticia/1139

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